Bem, eu bem queria voltar a ser aquela pesquisadora incansável, professora mais que dedicada, coordenadora atenta... bem, talvez só por uma semana, para me dedicar a todos os projetos que idealizei nas férias.
Bem, as férias, bem, as férias... estranho ser justamente nas férias em que me vem essa necessidade de ser a trabalhadora de antão... ou seria antanho... ou então, não seria... seja lá como for.
O fato é que Pemba é uma experiência existencial, assim como os Makua, os Makonde, o Georges e a Emmanuelle (abaixo, os dois dentro do Land Cruiser quarentão, principal meio de transporte),
a Susana, o El Pirata, o Saïd e todos os outros com nomes muçulmanos que nem com muito esforço eu consegui memorizar.
Mas ainda foram férias, com F maiúsculo. E, Mila e Olga, please, não soltem demais a imaginação nesse F... é F de férias, de fantástico, de fora de série, de fenomenal, de fiche oh pá, de feliz.
Os caranguejos também, é verdade. Aliás, inventamos a dança do siri moçambicano... eles devem ter respirado aliviados quando partimos, mas as tardes na beira mar nunca mais serão as mesmas, eles bem vão sentir saudade da nossa amistosa perseguição cheia de energia solar.
Aliás, Sonia vai adorar, a Flavinha vira e pergunta: Mas vocês ficavam o dia todo na praia, não faziam mais nada? Ao que eu respondo: é, na praia, até a hora do almoço, depois descansávamos na varanda,
junto com as formigas de um dos troncos que sustentava a casa, quando elas começavam a andar por cima de nós, voltávamos para a beira do mar, andar e ver se a maré estava vazando ou subindo, verifávamos se o mangal estava submerso ou à mostra, corríamos atrás dos caranguejos, sim, isso, uma das nossas atividades preferidas e, não, não havia lojas onde comprar nada, nem supermercado tem na cidade, só um mercado muito rústico, na porta das casas dos vendedores, além da cooperativa dos escultores de madeira.
A cara dela não dá para descrever, era como se eu estivesse falando do meu último passeio pelas crateras da lua, no rastro do Neil Armstrong.
Depois tinha o pôr de sol muito cedo, às 5h...
e, a seguir, a lua que ficou cheia cheia durante a semana e cor de laranja ao surgir no sábado. Jantar na ventania, que não parava de ventar, depois de 3 dias a gente já nem nota. E ir pra cama as 9h.
Sol na cara as 5h30, através do teto de macuti e da rede que cobria a cama na necessária e, às vezes, inglória, tarefa de afastar os insetos.
Abaixo, um dos caranguejos capturados num sequestro relâmpago e logo liberado por falta de caixas eletrônicos de onde obrigá-lo a sacar dinheiro. De toda forma, não acredito que fizéssemos muito com umas centenas de meticais, isso, se encontrássemos onde gastá-los.
A seguir, o Sebastian. Lembram do filme "A pequena sereia"? Pois é óbvio que eu não consegui pensar em outro nome para batizá-lo. Havia uma legião deles.
A lua e a dança do siri moçambicano vem na próxima. Já não consigo manter os olhos abertos.
Bem, as férias, bem, as férias... estranho ser justamente nas férias em que me vem essa necessidade de ser a trabalhadora de antão... ou seria antanho... ou então, não seria... seja lá como for.
O fato é que Pemba é uma experiência existencial, assim como os Makua, os Makonde, o Georges e a Emmanuelle (abaixo, os dois dentro do Land Cruiser quarentão, principal meio de transporte),
a Susana, o El Pirata, o Saïd e todos os outros com nomes muçulmanos que nem com muito esforço eu consegui memorizar.
Mas ainda foram férias, com F maiúsculo. E, Mila e Olga, please, não soltem demais a imaginação nesse F... é F de férias, de fantástico, de fora de série, de fenomenal, de fiche oh pá, de feliz.
Os caranguejos também, é verdade. Aliás, inventamos a dança do siri moçambicano... eles devem ter respirado aliviados quando partimos, mas as tardes na beira mar nunca mais serão as mesmas, eles bem vão sentir saudade da nossa amistosa perseguição cheia de energia solar.
Aliás, Sonia vai adorar, a Flavinha vira e pergunta: Mas vocês ficavam o dia todo na praia, não faziam mais nada? Ao que eu respondo: é, na praia, até a hora do almoço, depois descansávamos na varanda,
junto com as formigas de um dos troncos que sustentava a casa, quando elas começavam a andar por cima de nós, voltávamos para a beira do mar, andar e ver se a maré estava vazando ou subindo, verifávamos se o mangal estava submerso ou à mostra, corríamos atrás dos caranguejos, sim, isso, uma das nossas atividades preferidas e, não, não havia lojas onde comprar nada, nem supermercado tem na cidade, só um mercado muito rústico, na porta das casas dos vendedores, além da cooperativa dos escultores de madeira.
A cara dela não dá para descrever, era como se eu estivesse falando do meu último passeio pelas crateras da lua, no rastro do Neil Armstrong.
Depois tinha o pôr de sol muito cedo, às 5h...
e, a seguir, a lua que ficou cheia cheia durante a semana e cor de laranja ao surgir no sábado. Jantar na ventania, que não parava de ventar, depois de 3 dias a gente já nem nota. E ir pra cama as 9h.
Sol na cara as 5h30, através do teto de macuti e da rede que cobria a cama na necessária e, às vezes, inglória, tarefa de afastar os insetos.
Abaixo, um dos caranguejos capturados num sequestro relâmpago e logo liberado por falta de caixas eletrônicos de onde obrigá-lo a sacar dinheiro. De toda forma, não acredito que fizéssemos muito com umas centenas de meticais, isso, se encontrássemos onde gastá-los.
A seguir, o Sebastian. Lembram do filme "A pequena sereia"? Pois é óbvio que eu não consegui pensar em outro nome para batizá-lo. Havia uma legião deles.
A lua e a dança do siri moçambicano vem na próxima. Já não consigo manter os olhos abertos.
10 comentários:
nem eu...vou sonhado com esses mares por mim nunca dantes navegados.
Abraços
Telma
Telma, que boa surpresa e visita! Acho que você entende bem a experiência, depois de passar a sua temporada lá no Oiapoque...
Beijos p vc e Francisca. Manda notícias!
faz sempre bem escapar à "civilização", absorver os pequenos nadas que a vida nos oferece, quando não andamos muito distraídos.
beijos Lóri
Peraí! Eu vou começar lá de cima outra vez. Depois comento. O choque não foi "cultural" Foi emocional! Te prepara que deve vir por aí um "mini post". Tô carente do sorriso dessa foto aí.
Só voltei hoje! Já viste o tempo que precisei para me recuperar deste teu post?
Começando pelo começo: injusta essa colocação a respeito de mim e da Olga. Mas quando nós duas, meninas de boa familia, iríamos denegrir a imagem deste teu F de Férias? Nem nas melhores noites no Bar do Adão com todo o chope gelado, trataríamos de um assunto tão sério com tamanha "perversão"!
Quanto a tua descrição da atividade "descansar" é o máximo da cara de pau. Primeiro vocês descansavam na praia e depois descansavam do descanso. E para não desgastar demais, iam para cama às 9 da noite para "descansar" outra vez. Sabes do que me lembrei? Ivan Lins em Lembra de Mim:
"A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar..."
Não adianta, pá, que o lado libriano vem sempre à tona. Porra!
Quanto à dança do siri e afins, os pobres crustáceos devem estar a precisar de psicólogo até hoje, depois da passagem do furacão brasileiro/moçambicano. Isto nem o IBAMA atura!
Agora, esse teu sorriso devia constar do Google pra todo mundo saber como se ri quando se está feliz!
Beijos Lori e te ver feliz me faz bem. Afinal, "a alegria voltou a ser a mesma".
Eu avisei que ia virar post! Agora toma!
Tô com a Mila, faz bem aos olhos e a alma ver este sorriso de olhinhos fechados da "Idinha".
O grande moçambicano Mia Couto disse que "a gente precisa do viver para descansar dos sonhos". Tu estás a viver, Ida, que bom!
Beijo enorme!
Olga, curioso que estava mesmo a pensar que esses dois aqui saíram de um sonho, e são reais!!!!
Em tempo, que não estou a falar da Ida e do siri. hehehehe
OK, vcs venceram! EU tinha que vir aqui. Tava tentando organizar uma resposta para a Pit que me deixou de queixo caído com o outro coment. Rolei de rir e o melhor de ter escrito este post foi ler isso.
Olga, adorei a citação ao Mia Couto, gosto muito dele.
Ainda não decidi o que fazer... para reagir... heheheh Mas agora tenho que voar, os dias tão cada vez mais curtos, mas ainda bem quentes!
Luis, é isso mesmo que dizes... mas a maioria das pessoas não imagina e se ilude com espelhinhos como os indios.
Beijos aos 3.
Mudar de ares faz bem sempre.Já se vê pelo seu sorriso aberto de felicidade.
PS. Aqui no seu blog não sei se me deleito mais lendo os posts ou os comentários. Adoro os dois!
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