As imagens que tenho visto, esta semana, das forças rebeldes líbias a comemorar deixam-me com um sentimento estranho, de algo que não encaixa, de uma selvageria histérica e improdutiva.
Dúvida 1: Se são rebeldes, sem apoio da infraestrutura de estado, sem uniforme, ou outras marcas explícitas de organização, como estão sempre gastando munição caríssima apenas para comemorar?
Dúvida 2: Comemorar um país destruído, montes de civis mortos ou feridos para a vida, e uma incerteza total sobre o futuro do país, sobre a real autonomia que precisam construir?
Dúvida 3: Ao desaparecer o ditador , surge magicamente no seu lugar um país novo, moderno e uma população idem?
NB: Eu não acho que deveriam seguir com a velha ordem do déspota sumido. Mas vejo razões, sobretudo, para trabalharem e tentarem encontrar vias de estabelecer a reconstrução do país, e nenhum motivo para tanta comemoração, como se a partir de agora tudo fosse brotar do solo árido do deserto: trabalho, comida, estruturas, chefe de estado, país. Ou entao, qual a parte da história que eu não entendi?
Imagens, obviamente, retiradas da net através do Google.
Imagens, obviamente, retiradas da net através do Google.
4 comentários:
é mais uma história, igual a tantas outras, das arábiasm em que depois do "ditador" vem o caos, prejudicando os mesmos de sempre, os inocentes.
beijos Lóri
Lóri, nesta sexta-feira de tempo cinza te digo que a sensação que me passam as imagens da tv é exatamente o que descreves aqui. Sim, estão livres de tudo! E agora??? A ideia que fica é: livres de opressão e de COMPROMISSOS! Não é por aí que vai.
Destruir para depois reconstruir? Como? Com a ajuda de quem está subsidiando o "armamento bélico". Será? Não acredito.
É! Haja petróleo!
Beijos, Lóri.
PS: Clarice Lispector tem me ajudado a abrir os olhos.
Perfeitas as suas dúvidas. Fica tudo mais incompreensível quando sabemos que a OTAN é uma das fornecedoras de armas aos rebeldes. Esta tal de primavera está mais para inverno siberiano.
Beijos, querida!
.... a indústria da guerra não desarma; nem a velha teoria do "quanto pior, melhor."
Beijos do escrivão.
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