segunda-feira, 15 de novembro de 2010

JHB, África
















Ontem, jantei numa casa absolutamente africana, em Jo'burg, como chamam, os íntimos, a cidade de Johannesburg. E por ser um jantar totalmente africano, sentei-me ao lado de um casal de meia-idade da mesma tribo do Mandela, os sothos. Tinha à minha frente uma mulata do Cabo, pele quase amarelada, vestindo uma daquelas túnicas africanas, à guisa de vestido, com um enorme círculo de âmbar pedente de um fio grosso em volta do pescoço.

À esquerda dos conterrâneos do Mandela, sentava-se um casal oriundo do Orange Free State, terra de africaans da gema, corpo de estivador, cara de irlandês com maus hábitos alcóolicos de pub, cujo filho joga rugby nos Cheeta, time equivalente ao Flamengo, no Rio ou ao Benfica, em Lisboa. Meu africano favorito, responsável pelos meus vôos nestas terras, dizia ao meu lado que era fácil imaginar o filho, bastava olhar para o pai e vesti-lo com a roupinha da equipe esportiva.

Bem, o jantar começou pontualmente as 19h e as 20h45 já estávamos nos despedindo, depois de ouvir muitas historias da copa contadas enfaticamente pela senhora de meia idade e reforçadas e comentadas pela mulata do Cabo, com alguns apartes em um inglês quase macarrónico do nosso amigo estivador, que fazem qualquer brasileiro que apenas "arranha" no inglês se sentir fluent speaker do idioma anglo-saxão.



Fico por aqui, pois a alergia ao polém transformada em febre do feno, me faz precisar de água e inalações constantes. Mas o melhor talvez seja o meu relato sobre Maputo, pérola da África, que visitei de fugida por um precioso dia e meio.