Estava lendo no Jornal do Brasil - excelente jornal que, por razões econômicas teve que se manter em formato online, apenas - o Carlos Eduardo Novaes. Talvez só quem tem mais de quarenta e viveu no Rio de Janeiro seja capaz de se lembrar e entender como esse jornalista ajudou a elaborar o pensamento crítico (e o humor ácido) de algumas gerações. Voltando à minha leitura, encontrei um texto que ilustra um olhar crítico e muito realista sobre a intevenção militar na Líbia. Vejam só:
Uma pergunta que pinga tal uma goteira na minha cabeça foi repetida por um jornalista do inglês Independent: Quem vai para o trono quando Kadafi cair? A confusão que se estabeleceu na Líbia desde o primeiro momento vem da ausência de uma oposição minimamente organizada. Os líbios deviam imaginar que Kadafi fosse eterno porque nesses 42 anos de tirania não cuidaram de desenvolver um plano B para depor o ditador. Nessas circunstancias quando o treinador americano tirar Kadafi de campo e olhar para o banco não encontrará ninguém para seu lugar. Não sei se as forças da Coalizão já pensaram a respeito, mas desde já proponho que botem um anuncio no melhor jornal da Líbia: “Procura-se – cidadão líbio para governar o país. Exigimos tempo integral, inglês fluente e capacidade para organizar eleições democráticas. Oferecemos apoio militar e financeiro do Ocidente. Enviar currículo com pretensões salariais para coalizão@ bombardeio.com. un. Não é necessário experiência em petróleo.
Agradeço ao Novaes, cuja postagem pode ser lida na íntegra aqui, por ter definido em palavras um mal estar que deve estar acometendo não só a mim, mas a muita gente comum e leiga como eu.
Uma pergunta que pinga tal uma goteira na minha cabeça foi repetida por um jornalista do inglês Independent: Quem vai para o trono quando Kadafi cair? A confusão que se estabeleceu na Líbia desde o primeiro momento vem da ausência de uma oposição minimamente organizada. Os líbios deviam imaginar que Kadafi fosse eterno porque nesses 42 anos de tirania não cuidaram de desenvolver um plano B para depor o ditador. Nessas circunstancias quando o treinador americano tirar Kadafi de campo e olhar para o banco não encontrará ninguém para seu lugar. Não sei se as forças da Coalizão já pensaram a respeito, mas desde já proponho que botem um anuncio no melhor jornal da Líbia: “Procura-se – cidadão líbio para governar o país. Exigimos tempo integral, inglês fluente e capacidade para organizar eleições democráticas. Oferecemos apoio militar e financeiro do Ocidente. Enviar currículo com pretensões salariais para coalizão@ bombardeio.com. un. Não é necessário experiência em petróleo.
Agradeço ao Novaes, cuja postagem pode ser lida na íntegra aqui, por ter definido em palavras um mal estar que deve estar acometendo não só a mim, mas a muita gente comum e leiga como eu.