quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Robert Doisneau (1912 - 1994)
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Em África, só como em África
Tinley Manor
Trata-se de uma praia ao Norte de Durban. Uma casa, um casal, um enorme cão e a sensação de que vou querer voltar. A comida sempre preparada pelo Hilton, o de avental, com a diáfana - pode não parecer muito diáfana, mas como ela quase não fazia nada e estava sempre indo ou vindo, resolvi qualificar assim - presença da Hillary, sua esposa. Dude, o cão, era muito mais participativo. E como se não bastasse, o marzão do Índico sempre à nossa vista e os mimos de recadinhos na hora de partir.
É ou não é civilização, Pit? OK, você venceu, eu tinha que dar um passinho à frente depois do recado...
... e ainda falta a outra guest house, ao sul de Durban, a ver se nao me desvio de novo...
terça-feira, 28 de agosto de 2012
A pedidos...
Acima uma estradinha de cascalho que leva de Envendos à Barragem da Pracana. Não me façam cara de arregalados, eu tampouco tinha ouvido menção a semelhantes nomes. A única coisa conhecida, conhecidíssima, por sinal, é essa beleza de rio Tejo lá embaixo.
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E como é terra de bom queijo, tá aí uma das prováveis responsáveis pelo precioso leitinho que dá sabor e cor ao indispensável e "undiet" elemento.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Viajando nas estações: Outono no Rio
quinta-feira, 15 de março de 2012
O post que eu queria
Não escrever, porém, não me impede de ir por aí, a desenhar mentalmente os posts que eu gostaria de escrever. E houve muitos, acreditem. Uma infinidade de assuntos e choques.
Da revolta pelo lixo que invade as praias, no caso, as brasileiras, com total descaso de usuários de todas as idades, ao desejo de fazer um movimento espontâneo que mobilizasse as pessoas, mas não aquelas que por si só e por índole não poluem as praias, mas justamente os desalmados sem consciência, os imediatistas que pensam que o mundo acaba amanhã - sorry, Pit! - e que eles não têm a menor responsabilidade, esses nem sequer imaginam o que seja pegada de carbono, desenvolvimento sustentável e apenas ouviram falar do buraco na camada de ozônio porque esse é mais velho que a Salve Rainha, ao menos a versão mais moderna. Eu mesma ainda usava minissaia jeans apertadinha quando se começou a mencioná-lo. Ok, eu não uso mais, mas é só porque me preocupo com os problemas de circulação e com a síndrome da classe econômica.
Os outros posts seriam sobre mais alguns choques recebidos e em recuperação.
Aqui vocês podem ver um site com fotos nada óbvias e com demonstração - aparentemente genuína - de preocupação com essa situação que vai se tornando insustentável nas praias do estado do Rio de Janeiro, não sei no resto do país, mas a esperança não é muita.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Desaprendendo
Pode ser considerado legítima defesa um homicídio que se consuma após 14 facadas?
O jogador de São Paulo, 30 anos, discutiu com a ex-mulher de 18 anos e, aterrorizado por ela ter pego uma faca na cozinha para ameaçá-lo, acaba por matá-la com 14 facadas.
Ele alega legítima defesa.
Se não fosse trágico, grave e preocupante, seria hilário.
Na mesma página, lê-se: adolescente de 13 anos é morta pelo namorado. Também esfaqueada com vários golpes. O namorado tinha 29 anos e aproveitou para esfaquear, também, a avó da namorada.
Choque cultural retroativo, acho.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Brasil ensina contra a violência
Adorei o vídeo promovido por uma associação para conscientizar sobre a violência contra a mulher. O velho continente tem muito que aprender sobre isso, até março deste ano já haviam morrido 20 mulheres na área de Madrid por violência "de la pareja". Em Portugal? bem, em portugal não sabemos, não há estatísticas.... mas há violência. E muita.
domingo, 20 de novembro de 2011
Conferências do Estoril 2011 - Mia Couto
Já agora, ouçam também o que nos diz o Mia, em seu irônico e sério discurso sobre as maiorias, as minorias e o medo... e sobre a violência também contra as mulheres.
O link eu descobri no blog da Inominável, mas está disponível no youtube.
Choque digital... ou, a casa
Feito! Agora, vou voltar a postar. Entretanto, deixo um texto que me apraz sobremaneira e reencontrei no antigo email. A chuva ainda cai e em abundância, mas já não é o hemisfério sul, nem verão, nem calor... mas resto eu e as sensações do que fui e do que sou. E a casa, já é outra. A retratada e a habitada.
22.12.2006
Finalmente choveu, um pouco. Cheguei em casa, o mesmo calor opressivo. Vim da Barra pela montanha, o Alto da Boavista. Pra nós, simplesmente, o Alto. Pedaços de ruas alagados, trânsito em princípio de caos. Cheguei em casa, quase ilesa. Tive de passar por uma enorme poça, daquelas que para ultrapassar temos de meter uma primeira, acelerar e só parar quando passada a água. Isso não deve dizer nada quem me lê neste hemisfério norte, não conhecem tempestades tropicais e menos, provavelmente, as conhecem no Rio.
O Rio que tem esse nome ironicamente porque um francês achou que a baía era o delta de um rio. Esse nome que cai tão bem diante da geografia da cidade, coberta por montanhas cujos cursos d'água vão todos dar bem no meio da zona habitável que, aliás, só se tornou habitável, graças à canalização de muitos deles e se torna deshabitável, cada vez que a natureza resolve que não há água suficiente entre mar e rios e batiza a cidade a cada início e fim de verão com muita água.
A música do Tom Jobim, "águas de março" fala disso. Ou deveria.
Tá se aprontando uma tempestade. Das boas. Com direito a céu cinza escuro, muito vento e do morro, com o Cristo já encoberto, só se distingue levemente o contorno que transmutou-se de verde em quase preto.
Queria poder deixar tudo aberto e receber a tempestade de frente, camiseta e pernas de fora, com a chuva e o vento na pele. Não posso. Parece que tudo ganha vida na casa e os objetos começam a se deslocar, as cortinas levam tudo com elas, é bonito de ver, mas não me apetece ter de sair em excursão pela casa a catar tudo que se espalhou. Deixo só a janela do meu quarto aberta. Não totalmente, mas já entra um vento que é uma benção no calor de hoje.
Tá chovendo. Algumas gotinhas ínfimas me atingem, onde estou, ainda com o laptop no colo. Os vidros estão todos salpicados, com as gotas reluzindo por causa das luzes. Anoitecendo. São 8h da noite.
Sensação deliciosa essa humidade. O vento e o barulho da chuva grossa batendo na vidraça.
PS: Tentei ajustar fontes e tamanhos, o editor do blog não deixa. Lamento o visual!